LOUISE CARDOSO, ANA BEATRIZ NOGUEIRA E ALINNE MORAES EM ALÉM DO TEMPO (FOTO: REPRODUÇÃO)
Bernardo está vivo. A notícia de que o filho da arquivilã de “Além do tempo”, a Condessa Vitória (a sensacional Irene Ravache), não morreu vem movimentando a novela das 18h da Globo. O personagem já apareceu em flash-back (papel de Bernardo Marinho), mas vai entrar na trama em breve para valer, interpretado por Felipe Camargo.
Quando isso acontecer, ele reencontrará a amada, Emília (Ana Beatriz Nogueira), e conhecerá a filha, Lívia (Alinne Moraes). Talvez demore um pouco para que a ficha dele caia, pois sabe-se que perdeu a memória. Elas já descobriram a verdade abrindo o túmulo dele e constatando que havia pedras em vez de um corpo. A sequência foi realizada sem pudor pela direção (Rogério Gomes): a marreta atingiu a lápide em câmera lenta, Ana Beatriz fez expressões de sofrimento e tudo isso se arrastou por um capítulo inteiro. Nada que tenha comprometido o bom gosto do resultado final.
Como em trabalhos anteriores, Elizabeth Jhin promete abordar nessa aventura o amor que transcende até a morte. Numa segunda etapa da novela, todos os personagens se reencontrarão no presente e as relações serão rearranjadas. Quem é mau pode ressurgir bom, e vice-versa. Trata-se de um drama clássico com permissão para visitas ao sobrenatural. A autora se arrisca, mas, a cada folhetim novo que escreve, vai ganhando segurança para transitar perto da fronteira do absurdo. O enredo de “Além do tempo” tem credibilidade, é o que importa.
Tudo isso para concluir que os velhos ingredientes — romance, desencontros, uma vilã puxada e uma mocinha sofredora — seguem empolgando. O importante mesmo é uma boa história.
Fonte: Patricia Kogut
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