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Luz, Câmera 50 Anos: a realidade da zona norte do Rio está em Suburbia


O festival Luz, Câmera 50 anos exibe, nos dia 19 e 21, em duas partes, o telefilme Suburbia, uma história de amor e drama social, marcada pela sensualidade e a violência, que se passa no seio de uma família da Zona Norte do Rio de Janeiro, em meados dos anos 1990. Em 2012, o seriado foi idealizado pelo diretor Luiz Fernando Carvalho e desenvolvido por ele e pelo escritor carioca Paulo Lins, autor do romance “Cidade de Deus”.

Suburbia conta a história de Conceição (Débora Nascimento/Erika Januza), menina criada entre os fornos de uma carvoaria no interior de Minas Gerais, que foge de casa aos 12 anos em busca de uma vida nova. Ela não quer para si o destino dos pais (interpretados por Luiz Manoel de Souza e Serafina Terezinha Pereira), analfabetos e embrutecidos pela miséria, nem morrer jovem como o irmão (Hugo Raphael de Souza), vítima de uma explosão nos fornos.
Conceição embarca no vagão de um trem levando apenas uma pequena imagem de Nossa Senhora Aparecida retirada do altar de seu casebre e uma foto do Pão de Açúcar, encontrada entre os recortes de revistas velhas nos feixes de madeira que carregava na lida. Leva também a bênção da mãe que, após a tragédia com o filho mais velho, apoia a decisão da filha. A menina deixa para trás a família e também sua única amiga na infância, Rapunzel, uma égua branca que só enxerga à noite.
Erika Januza e Fabrício Boliveira são o casal protagonista de Subúrbia  (Foto: AF Rodrigues / TV Globo)
Erika Januza e Fabrício Boliveira são o casal protagonista de Suburbia (Foto: AF Rodrigues / Globo)
Algum tempo depois, Conceição chega ao Rio de Janeiro. No Aterro do Flamengo, sozinha e maltrapilha, é confundida com um grupo de trombadinhas, sendo conduzida a uma instituição de menores. Alí, ela enfrenta o assédio de uma interna, mas consegue fugir de novo. Em sua fuga, é quase atropelada por Sylvia (Bruna Miglioranza), que a leva para trabalhar como doméstica e babá de seus dois filhos em sua casa de classe média.
A “generosidade” da patroa expõe a subserviência dos negros e pobres a classes letradas e com maior poder aquisitivo. Os anos passam e Conceição, transformada em uma bonita jovem de 18 anos (Erika Januza), mas ainda sem saber ler e escrever, vê-se obrigada a fugir novamente, desta vez do assédio do namorado da patroa, Cássio (Alex Teix), que tenta violentá-la.
Fonte: redeglobo

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